Morning Gallo #0292: Bolsas globais operam no terreno negativo após surpresa com inflação no Reino Unido
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As ações asiáticas encerraram a quarta-feira em queda (exceção ao índice Kospi, na Coréia do Sul), mesma direção apontada pelos futuros em Wall Street e os recém abertos mercados europeus, enquanto os rendimentos dos títulos subiram, após mais uma impressão de inflação persistente no Reino Unido, que trouxe as pressões de preços de volta à tona cena.O Índice para a região Ásia-Pacífico da MSCI Inc. caiu 0,4%, enquanto o Índice Hang Seng China Enterprises caiu até 1,5% antes de reduzir as perdas. Nos EUA, os rendimentos dos títulos de dois anos, mais reativos a movimentos iminentes da política monetária, subiram 5 pontos (4,24%), enquanto o rendimento dos títulos de 10 anos subiu 4 pontos-base. Já o rendimento de dois anos no Reino Unido, saltou 13 pontos-base e o índice de referência das ações do país opera em queda depois que os dados mostraram que a inflação superou as estimativas em março, levando os investidores a aumentar as apostas em novos aumentos nas taxas de juros do Banco da Inglaterra.
Nesta quarta-feira, os investidores estarão monitorando os dados de preços da zona do euro que determinarão a trajetória da política monetária do Banco Central Europeu. O economista-chefe do BCE, Philip Lane, disse nesta terça-feira que outro aumento nas taxas de juros seria apropriado em maio, mas seria necessário um quadro mais detalhado da inflação.
Nos EUA, o presidente do Bank of Atlanta, Raphael Bostic, disse que é a favor de aumentar as taxas de juros mais uma vez e depois mantê-las acima de 5% por algum tempo para conter a inflação. Seu homólogo de St. Louis, James Bullard, disse à Reuters que é a favor de colocar as taxas na faixa de 5,5% a 5,75%. O benchmark situa-se atualmente entre 4,75% e 5%.
Os swaps estão precificando uma alta de um quarto de ponto pelo Fed em maio, com cortes de juros começando em julho.Por aqui, o governo encaminhou o projeto de lei de um novo arcabouço fiscal para as contas públicas. A equipe liderada por Fernando Haddad, conseguiu blindar o texto com pontos que dificultam espaços para a ampliação de despesas, mas perdeu a batalha na tentativa de retirar da lista algumas exceções (hoje previstas no teto de gastos), como a capitalização de empresas estatais federais.Ao todo, o governo incluiu no texto 13 exceções. Na reta final, houve a decisão de que os bancos públicos federais (BNDES, Caixa, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste) não podem receber capitalização fora do limite de gastos, ou seja: esses aportes ficam sujeitos à regra, ponto que desagradou os partidos mais à esquerda.
Esta “blindagem” a instituições financeiras seria um pedido do Tesouro Nacional para não haver o risco de a exceção a estatais ser vista pelo mercado como uma brecha para mega aportes em bancos públicos, como ocorreu no passado.O projeto obriga o presidente da República a explicar os casos de descumprimento das metas fiscais, mas retira a responsabilização por não cumprimento da meta que existia antes na Lei de Responsabilidade Fiscal. O contingenciamento de despesas ficou opcional.
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